Não é fácil planejar o orçamento de uma casa. E a situação piora quando os filhos se tornam adolescentes, já que, nessa idade, eles costumam ter dificuldades para lidar com limites, especialmente quando se trata de gastos.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Kantar WorldPanel, muitas famílias têm se endividado com despesas dos adolescentes, como vestuário, comunicação e alimentação fora do lar.
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"As questões ligadas ao problema com dinheiro tornaram-se um desafio para os pais juntos aos filhos adolescentes, e mesmo que tenham um poder aquisitivo mais alto, os pais se deparam com a necessidade de iniciar uma educação voltada para a aquisição, consciência para economizar e para valorizar o dinheiro", observa a psicóloga Ana Lúcia G. Castello, colaboradora do Hospital Infantil Sabará.
Segundo ela, os pais em geral - desde as classes com mais recurso financeiro até aquelas menos abastadas - tendem a se desdobrar para realizar os caprichos dos filhos. A maioria desses pais teve uma infância difícil, com poucos brinquedos, e não quer que os filhos passem pelas mesmas privações. "Muitos pais, na intenção de não repetir a sua história de vida, podem cometer o equívoco de não colocar limites para os filhos nesta área e poderão ter problemas futuros. Alguns deles têm a consciência de que estão fazendo isso e se questionam, outros dizem muitas vezes que, se podem dar tudo aos filhos, porque não dariam?"
Como aponta a psicóloga, é comum que os filhos sejam extremamente consumistas. "Os adolescentes têm uma ânsia grande de consumo. A sociedade moderna possibilita e instiga isto através da mídia e da possibilidade dos mesmos de conhecer, por meio dos amigos, artigos de marcas que estão sendo utilizadas constantemente pelos jovens. Os jovens têm gastos excessivos com roupas, tênis, festas, baladas, muitas vezes com bebidas, viagens". O desejo dos pais, somado ao dos filhos, leva a família ao endividamento desnecessário.
Evitar o comportamento consumista é tarefa dos pais e depende de uma orientação desde que os filhos são pequenos. Ana Lúcia ensina que é útil ensinar as crianças a gastar somente o necessário e limitar os gastos dos adolescentes com baladas, celular e roupas, por exemplo. Isso pode impedir que os jovens comprem drogas ou desperdicem o dinheiro. "Os pais devem tentar fazê-los entender que um consumo excessivo pode influenciar negativamente no futuro deles e no orçamento familiar, mostrando as necessidades reais de se poupar, de traçar objetivos para gastos do dinheiro que ganhar, estimular a poupança para alguma compra específica, viagens culturais ou para que se divirtam".
Estabelecer limites para os gastos dos adolescentes não é fácil. Na prática, valem algumas dicas da psicóloga. "Os pais podem procurar negociar horários do uso de Internet junto com os filhos e monitorá-los sempre que possível. E o uso do telefone celular também deve ser limitado. Recomendo que as linhas de telefones celulares sejam pré-pagas e que, junto com o jovem, estabeleçam uma quantia mensal para que possam utilizar o telefone. Caso este valor acabe antes da entrada do próximo mês, devem deixar que terminem o mês sem a possibilidade de usar o telefone".
Caso as regras não sejam respeitadas, o responsável precisa ter uma atitude firme. "Se eventualmente não cumprirem o combinado, a retirada do computador e do celular pode ser uma privação que os faça refletir em cima da falta do cumprimento do que foi estipulado".
O segredo para evitar brigas é deixar claro que o dinheiro não cai do céu e deve ser poupado. "É tarefa dos pais não comprar brinquedos de forma excessiva para os menores, limitando-se apenas a fazê-lo nas datas importantes, ou seja, aniversário, dia das crianças, Natal, e a compra de jogos educativos pode ser feita, sem excessos, durante os outros meses do ano. À medida que os limites são vivenciados, as crianças e adolescentes começam a lidar com a frustração de não terem tudo o que querem de maneira mais natural", explica a psicóloga.
Além de controlar o orçamento e estabelecer limites, os pais podem incentivar os adolescentes de 15, 16, 17 anos a procurarem um emprego. É importante que a atividade remunerada tenha relação com a profissão que o jovem pretende seguir. "Tenho uma filha que está estudando para prestar o vestibular de medicina e fica difícil trabalhar paralelamente, então, a maneira que encontrou de aumentar o orçamento dela foi fazer traduções de Inglês, já que tem o domínio da língua. Outras opções como essa poderão ser estimuladas pelos pais", exemplifica Ana Lúcia.
Não faça dívidas só para satisfazer a vontade de seus filhos. No futuro, eles precisarão saber controlar o orçamento de suas próprias casas.
Por Priscilla Nery (MBPress)
fonte http://vilamulher.terra.com.br/aprenda-a-controlar-os-gastos-de-seus-adolescentes-8-1-57-73.html
2 comentários:
Vocês acham que nois estamos gostando de ficar em casa sem aula ? errado nois estamos odiando porém eu acho que vocês professores estão gostando.
Eu acho até que eles tão viajando recebendo o salário deles no final do mês.Sem faze nada .
Professores levanta da sua cama nao vai adiantar vcs ficarem em greve por que nois alunos estamos sendo prejudicados , da aula so até 16:00
obrigado pela comprenção espero resposta! .
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