O estresse é assunto conhecido dos estudantes e professores nas universidades, pois, com as tarefas de todo final de semestre os níveis de estafa chegam ao limite. De acordo com o psiquiatra Vladimir Bernik, em artigo divulgado no site Cérebro e Mente, o estresse tem três fases sucessivas e, caso os agentes que causam o mal não sejam interrompidos, podem atingir a exaustão levando docentes e estudantes a contrair doenças físicas ou psíquicas. “Do ponto de vista depressivo, a queda ou o aumento do apetite, as alterações de sono, a irritabilidade, a apatia, o torpor afetivo e a perda de interesse e desempenhos sexuais são comumente encontrados”, esclarece o médico.
A estudante de Psicologia Suélen Carla Dalpiaz, 20, quando é excessivamente pressionada pelos trabalhos da faculdade, sente dores musculares e gastrite nervosa. Dalpiáz afirma que o mais difícil é conciliar a vida pessoal com as atribuições de universitária “Estou em um conflito de papéis, porque sou universitária, filha, amiga, irmã e namorada. Tem dias que quero muito ficar com minha família, sair com meu namorado, mas, ao mesmo tempo, tenho inúmeros trabalhos e acabo me sentindo muito mal por não poder dar a atenção necessária a eles”, lamenta.
Professores
Porém, além dos alunos que são acometidos pelo desgaste, os docentes também são vítimas do excesso de tarefas. A professora Eliéte Oliveira, 43, diz que o mais complicado é finalizar o material do semestre e melhorar o conteúdo para o próximo dentro dos prazos determinados. “Deixar tudo para a última hora já é uma questão cultural”, afirma.
Entre as atribuições dos professores, ainda há de se acrescentar a de aguentar o nervosismo dos alunos, Eliéte Oliveira diz perceber a tensão aumentar entre eles à medida que o tempo se torna mais curto para a finalização das tarefas, “Os alunos também sofrem essa pressão e, no fim, acabam descontando o estresse em outras pessoas”, explica.
Ao que parece, o sinal mais evidente da fadiga são as dores musculares.Todos os entrevistados apontam o mesmo sintoma em situações extremas.
Otimizar o tempo
Apesar de parecer inofensivo, deixar tudo para a última hora pode ser o grande vilão entre as causas do estresse. Por isso, organizar o tempo da melhor maneira possível e reservar uma ou duas horas diárias para as tarefas acadêmicas é o mais aconselhável. No mais, quando for inevitável o acúmulo de trabalhos, não se deve abdicar de fazer as refeições nos horários certos e dormir pelo menos oito horas diárias. Quando a produção não estiver avançando, o certo é parar e descansar. “Sair com os amigos, ir ao teatro ou cinema, enfim, se distrair. Tudo isso vai servir para ‘recarregar as pilhas’ e melhorar o desempenho” afirma a professora.
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